Faculdade de Motricidade Humana

Um estudo em 45 países com crianças de 11, 13 e 15 anos revelou que os adolescentes portugueses continuam sedentários e felizes com as famílias que têm. Se fosse feita agora, a investigação poderia ter resultados surpreendentes e a próxima vaga deverá incluir os efeitos da pandemia, que “parece ter melhorado a dinâmica da relação dos adolescentes com as escolas”.

Mas, para já, de acordo com a última edição da investigação, antes o mundo ter parado, pioraram as queixas de tristeza, dificuldade em adormecer e irritação

A conclusão de um estudo, feito de quatro em quatro anos em colaboração com a Organização Mundial de Saúde, revela que os adolescentes portugueses estão entre os que menos gostam da escola.

Apenas 9,5% dos alunos portugueses com 15 anos dizem gostar muito da escola. Em 1998, o mesmo estudo indicava que a percentagem era 29%.

Portugal fica assim num dos piores lugares de um estudo, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde, que avalia os comportamentos e a saúde dos adolescentes e que é realizado de 4 em 4 anos.

Um estudo da Organização Mundial de Saúde que envolveu quase 230 mil adolescentes em 45 países concluiu que aumentou o número daqueles que se sentem em baixo nervosos e irritados.

Portugal está um pouco melhor do que os outros países europeus, mas os adolescentes portugueses gostam pouco da escola.

Na urgência de mudar a escola para responder à pandemia de covid-19, muito mudou de facto. “E a mudança mexeu nas ‘estruturas’”, diz a psicóloga e investigadora Margarida Gaspar de Matos. “Vamos ver se não perdemos este barco e se não passamos do Powerpoint ao Zoom/Teams, sem aproveitar para mudar!”

O projeto FMH Saudável propõe três níveis de medidas capazes de ajudar os alunos em função dos seus diferentes percursos e tipologia de problemas:

• Na FMH – medidas de prevenção universal através de ações de informação e medidas de prevenção seletiva através da criação de um grupo de voluntários em cada escola, para a organização de grupos de reflexão e apoio em função das dificuldades detetadas em matéria de saúde;
• Gabinete de Apoio Psicológico ao Aluno (GAP) – funciona na FMH como o espaço de apoio regular e acessível aos estudantes;
• Apoio online em tempos de COVID.

A parceria com o ISAMB consiste no desenvolvimento de investigações e intervenções no âmbito da prevenção e promoção da saúde, com avaliação do impacto nos resultados de bem-estar e saúde da população. Consiste numa colaboração com o intuito de compreender a relação saúde-ambiente e as barreiras dos estilos de vida saudáveis.

Parceria no âmbito de projetos de intervenção comunitária e investigações no domínio da promoção da saúde e comportamentos sociais. Estes projetos de investigação e monitorização pretendem ter impacto nas políticas de promoção e educação para a saúde.